quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A Física da Arcada - Sistema de Suspensão




Uma dificuldade bastante comum entre todos os Cellistas iniciantes – eu incluído, vivo passando por isto – é a questão da naturalidade dos nossos movimentos naturais, perfeitamente orgânicos, em relação à perpendicularidade geométrica das cordas de nossos Cellos.


Os maestros, professores, métodos etc; dizem que temos que passar o arco de maneira totalmente paralela ao cavalete, de maneira perpendicular às cordas. Isto é um ponto óbvio, pois é neste sentido que as cordas, em atrito com a crina de nossos arcos, vibra em sua totalidade; e basta curvarmos um pouco o arco e sair um pouco desta posição, que notamos uma diminuição na qualidade e na potência do som produzido.


Assim, se permitirmos que nosso braço atue de maneira livre, a figura que este traça é o de uma meia lua, já repararam?


Então, como fazer com que esta meia lua fique perfeitamente reta em suas extremidades?


É exatamente aí, que os maestros, professores e métodos, começam a improvisar: - “O pulso mais torcido” dizem uns; “O antebraço mais para cá, ou para lá”; “mova os dedos”, etc etc.


Mas a realidade é que, embora estes ensinamentos sejam bastante importantes para que o aluno “pegue” a familiaridade com o manejo do arco e crie bases sólidas para o desenvolvimento de uma técnica de arco; não existe uma maneira 100% correta de se atingir este objetivo. Este, irá variar de músico para músico, dependendo da escola e método que o mesmo segue. E, ao pegar a “manha” de seu arco, irá acabar por adaptar sua “pegada” da maneira que lhe é mais confortável e lhe exige menos esforço.


Me lembro bem das palavras de minha primeira professora quanto a isto, a arte do Cello principalmente no que tange aos movimentos, é basicamente “a lei do menor esforço”. Se, estiver tensionando o pulso, o braço, o antebraço, o ombro... – ou todos eles simultaneamente rs – pode ter certeza de que algo está errado.


Mas, existe uma maneira mais técnica, científica bem como biomecânica de demonstrar os movimentos do braço direito enquanto movimentando o arco. Basta analisar o gráfico abaixo:




A linha reta que se vê no gráfico acima, é a representação do movimento – esperado – do arco sobre a corda ao se tocar uma nota longa, como por exemplo uma semibr
eve.


A linha abaixo, representa o movimento esperado do pulso.


Desta forma, para que o pulso se mantenha em uma posição paralela ao arco e este, paralela às cordas, o conjunto total envolvendo o antebraço e braço deve se movimentar compensando seus ângulos.


Assim, para manter a linha reta desejada, o pulso deve se curvar quando chega ao talão, e também deve se curvar um pouco quando chega à ponta do arco. É imprescindível que os dedos, embora firmes, mantenham a flexibilidade para poder acompanhar tal movimento.

Mas, qual o segredo da “flexibilidade e firmeza”?


Aí é que está.


As articulações do pulso e dos dedos na verdade, acabam atuando como um sistema de “suspensão” para o arco – nos dois sentidos; “amortecimento” bem como “suspender” – e não devem se curvar, quando estivermos em movimento de tração.


A tração, como foi definido desde os tempos do saudoso Casals, deve partir da articulação do ombro, este, sendo uma espécie de centro de energia que, na ordem ombro-braço-antebraço-pulso; funciona como uma derivação/redução de movimentos. É através deste sistema que não é nada mais que física, que somos capazes de articular as mais suaves nuances sonoras.


É um erro comum forçar as articulações do punho e mexer os dedos durante a execução das arcadas ao invés de deixá-los acomodados de maneira natural. Isto acaba causando um efeito ao contrário do desejado: Arco travado, notas cortadas e uma sonoridade apagada.


Para que o som não fique cortado, pensemos na analogia com um cantor: a sustentação da voz; mas no nosso caso, a sustentação do movimento contínuo e harmonioso do arco.


O arco, meus caros – novamente como dizia minha querida professora – "é nossa respiração, e não nosso ouvido..."











quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Duport - 21 Estudos Para Cello



Finalizando as postagens dos métodos que foram foco de estudos do ensaio da Srta. Sheila Sampaio em seu “Análise e Classificação de Estudos Selecionados Para Cello” - Disponivel aqui, em algum lugar deste blog – segue agora os famosos 21 estudos para Cello Solo.


Os métodos modernos para Cello surgiram aproximadamente em fins do século 18.

Enquanto os grandes mestres Italianos iniciaram o desenvolvimento da arte e técnica do Violino antes do fim do século Dezessete, coube ao Francês Jean-Pierre Duport trazer um pouco de ordem e alavancar os materiais disponíveis para o estudo do Cello com, com o seu “Ensaio de digitação e condução de arco” e estes 21 estudos para o Cello Solo; ambos, sendo considerados hoje em dia um trabalho seminal para o desenvolvimento da técnica do instrumento.

Estes estudos foram escritos com o objetivo de desenvolver a agilidade da mão esquerda bem como uma melhor técnica de arco, para Cellistas intermediários e avançados.

Jean-Pierre Duport nasceu em 27 de novembro de 1741, e era o feliz proprietário original do Stradivarius que leva seu nome, o “Duport Stradivarius” – este, que esteve em mãos do Cellista Russo Mstislav Rostropovich, até sua morte.

Junto com seu irmão – também Cellista, Jean-Louis Duport, Jean-Pierre era bastante ativo na vida musical da França e da Alemanha. Tendo realizado seus estudos junto a Martin Berteau, ambos eram amigos de Beethoven.

Em fevereiro de 1796, Beethoven deixou Vienna para uma tour de cinco meses que com destino à Praga, acompanhado pelo Príncipe Lichnowsky – que por sua vez, acompanhou Mozart em 1789 – passando por Dresden, Leipzig e Berlin; onde ficou maravilhado e foi influenciado pela alta qualidade das atividades musicais desenvolvidas na corte de Friedrich Wilhelm II da Prússia; aonde Jean Pierre era diretor do departamento da Orquestra de Câmara.

Em 1812, Jean-Pierre retornou a Paris, aonde encontrou Napoleão e este, insistiu em experimentar seu Stradivarius. É documentado que, Napoleão disse: “Como diabos você consegue segurar esta coisa, Monsieur Duport?” Claro que, com esta afirmação, Duport ficou tão preocupado que Napoleão pudesse danificá-lo, que devolveu seu Cello às mãos de Duport, em meio a risos. E, é fato que, Napoleão fez propositalmente, uma pequena marca na lateral do Cello, que ainda hoje pode ser vista no instrumento...


Link:

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Ladeira Abaixo...




O cansaço se tornou uma máxima dentro de todo o leque de sensações que eu posso sentir. Uma mistura de cansaço, dor e revolta. Amargura.


Ah se fosse nos dado o direito de retroceder apenas alguns anos...


Ontem passei horas lendo a respeito de suicidas. Horas.


É um assunto que me fascina. Qual o grau de desespero e sensação de se estar encurralado quando alguém chega a este extremo? O senso comum diz que, alguém que decide por praticar tal ato, é um covarde egoísta. Nunca.


Quem somos nós para julgar a dor alheia? É coragem. É o máximo da responsabilidade perante o livre arbítrio. Em ultima análise, talvez como disse algum filósofo por aí, é a única real decisão a respeito da própria que alguém pode tomar.


Sabiam que é possível se fazê-lo com uma overdose de Paracetamol; ou o vulgo Tylenol – indicado contra a dengue e não desaparecendo os sintomas, procure um médico? Falência Aguda Hepática. 72 a 96 horas. Geralmente, em 48 horas, o quadro se torna tão grave que o indivíduo precisa de um transplante imediato de fígado. As estatísticas dizem que cerca de 92% dos casos registrados, levam ao óbito. Mórbido? Talvez. Mas não menos mórbida, é a realidade geral da existência, hoje em dia.


O que somos hoje não depende mera e exclusivamente de nosso livre arbítrio.


Muito pouco na verdade quando se trata em decidir “o que queremos ser”.


Você se torna – ou tenta – o que sua família espera que você se torne. Mesmo que não dito, espera-se algo de você. E, ai de você se não cumprir com tais expectativas. Se não existir a cobrança familiar direta após, sempre existira a própria culpa para fazer o papel de carrasco. Qual o objetivo? A culpa tem o poder de expiar teus próprios pecados? Será isto que a igreja pretendia quando decidiu que o suicídio deveria ser considerado um pecado, e, portanto, os praticantes de tal teriam suas almas carinhosamente encaminhados à um tal mar de ferro fundido e fogo esperando um julgamento final?


Livrinhos legais para se ler:

O Deus Selvagem – um estudo sobre o suicídio – A.Alvarez.

Além do Bem e do Mal – Nietzsche

O Homem Revoltado – Albert Camus

A Negação da Morte – Ernest Becker


“E, abertamente entreguei meu coração à terra séria e doente, e muitas vezes, na noite sagrada, prometi amá-la fielmente até a morte, sem medo, com a sua pesada carga de fatalidade, e não desprezar nenhum de seus enigmas. Dessa forma, liguei-me à fatalidade por um elo mortal”

Hölderlin

A Morte de Empédocles


Não tente falar suas idéias. Não tente mostrar quem você é. Não seja franco. Não abaixe a guarda, jamais! Pois eles não irão ouvi-lo. Suas idéias lhes soarão revoltantes. Suas idéias serão consideradas vindas de um homem louco. E, em uma melhor hipótese, suas idéias lhes soarão piadas.


É esta a pior dor. Ter voz para não ser ouvido.


Jamais.


Está nascendo mais um dia lá fora...







domingo, 18 de janeiro de 2009

Instrumentos Italianos Antigos como Investimento...



O clima de compra para os instrumentos manufaturados por Stradivari’s e Guarneri’s tem se intensificado de forma dramática nos últimos anos; e a demanda é tão grande que, o desejo pela posse de um dos 800 instumentos catalogados existentes produz um desempenho de mercado mais forte do que todos as outras formas de investimento conhecidas; sejam estas ações, ouro, títulos públicos etc..


Eu fiquei surpreso quando pela primeira vez tive acesso ao gráfico a seguir.


A performance de valorização de tais instrumentos Italianos raros nos últimos 45 anos, se analisarmos comparativamente com os investimentos convencionais, apresentam uma porcentagem que chega a ser algo aparentemente fora do real – e, em minha opinião, beirando um pouco o nonsense; apenas uma opinião minha. Oras, vejamos:


A valorização de metais preciosos bem como do Índice Dow Jones ficou algo em torno de 1.800% para este període de 45 anos. Já, a valorização de violinos antigos para o mesmo período de 45 anos, ficou em torno de 19.400%.


Um dos fatores de supervalorização é a funcionalidade de tais instrumentos. Desde a sua manufatura a uns séculos atrás; a grande maioria deles continua na ativa sendo eles essenciais no desenvolvimento da carreira dos músicos de primeiro escalão, bem como solistas e líderes de orquestras.


Estes violinos, violas e cellos, são apreciados por milhões de amantes da musica erudita ao redor do mundo, seja em concertos ou durante sessões de gravação.


O foco geográfico de negócios e compras de tais instrumentos raros normalmente se dá em países da Europa; ou então na Rússia, Estados Unidos e Taiwan. Mas, espera-se que muitíssimo em breve, a China irá entrar também neste circuito dado o enorme potencial dos músicos que em breve entrarão em destaque, bem como a forte expansão econômica do país, que possibilitara uma parcela da sociedade, negociar tais instrumentos.


Uma vez que a China entre neste mercado, espera-se uma expansão violenta da valorização dos mesmos. Basicamente, temos um cenário bastante parecido ao que aconteceu cerca de trinta anos atrás, quando o Japão começou a comprar tais instrumentos, causando uma alta dramática nos preços por anos a fio. E, talvez inclusive, esta valorização seja maior ainda do que naquele período, justamente pela menor disponibilidade de tais instrumentos no mercado, já que os mesmos hoje se encontram dispersos pelo mundo afora.


A cada ano que passa, muitos violinos de virtuose são adquiridos por instituições que os manterão em suas coleções, por gerações. Some a isso também o fato de que alguns acabam por acidente ficando irreparavelmente avariados, ou, são roubados; e temos um item que se torna cada vez mais raro.


Apenas para termos uma idéia maior de valores, a Fundação Chi Mei cuja sede é em Taiwan anunciou em 2007, a intenção de compra no valor de US$ 500.000.000 em violinos raros até 2009. Já a Fundação de Musica do Japão que tem sido um dos mais ativos compradores nos últimos anos, sinaliza que manterá seu ritmo de aquisições para sua coleção.


E, é totalmente improvável que tais organizações, pensem em se desfazer de tais instrumentos em um futuro próximo.


Caso que ilustra bem a situação acima, são as pinturas clássicas Italianas. No início do século XX, muitas delas foram adquiridas por colecionadores públicos e privados, e assim acabaram saindo do mercado por períodos maiores do que 75 anos.. É o que se espera para os instrumentos antigos agora nos próximos cinco a dez anos.


A escassez, aliada a funcionalidade, fazem dos Instrumentos de virtuose Italianos, uma das mais rentáveis e inusitadas formas de investimento conhecidos...


... então, alguém quer comprar meu Cello Strad.? : )



Instrumentos nas imagens acima:
1 - Viola Gasparo da Saló, Brescia, 1590, - "Adam"
2 - Violino A & H Amati, Cremona, 1617
3 - Cello Matteo Gofriller, Veneza, 1715



























sábado, 17 de janeiro de 2009

Violinos, Cello, Rock... Pt. 13 - "Espers"




Nada como o bom e velho Brasil.


Nem tanto. Metade da falta de vergonha na cara que acontece por aqui é justamente pelo fato deste paisínho ainda estar na puberdade.

Nossos políticos sofrem de pura crise de puberdade; birrentos, enfim.


Bom, falo isso por conta do que me aparece ao pesquisar alguma coisinha a respeito deste conjunto; “Espers”


Tem uma banda que curto para caramba chamada “Espers” que iniciou as atividades na Filadélfia, acho que em 2002.


Aí, eu venho e começo a buscar material na net para resenhar algum trabalho deles, digito o nome da banda no Google e o que me aparece? Hein? Hein?? – Esta bizarria aqui: “Ronaldo Esper nú: visão do inferno” – Porra meu, que merda é essa?


Ah, enfim, só comentando com vocês, já que tou morrendo de sono e com um monte de Thinner na cabeça - Estava mexendo em umas telas minhas.


Voltando à banda: Espers, é uma banda bacanuda – que começou como um trio, mas hoje expandiu para um sexteto – que pratica uma espécie de música folk com forte pé calcado na psicodelia dos anos 60, mas em uma roupagem relativamente nova; portanto, de forma alguma soa datado.


A vocalista Meg Baird, tem uma voz sussurrada que se encaixa perfeitamente nesta verdadeira floresta de instrumentos, de uma maneira totalmente sutil, deliciosa mesmo.


E, acreditem, quando digo floresta de instrumentos, realmente EXISTE toda uma fauna e flora instrumental aqui, envolvendo uma porrada de instrumentos aos quais nunca ouvi falar antes... echo plex, crumar toccata, crumar performer, univox mini-korg, arp odyssey, omnichord, doumbeck, dholak, singing bowls e o tal de crybaby.


...e, lá no fundo, você ainda consegue distinguir as linhas de cello da Srta. Helena Espvall, macias, macias...


Coisa morna mesmo, acolhedora.


Link I
Link II


























Improvisação no Cello... Dica



A improvisação em quase todos os instrumentos de origem e utilização notadamente mais clássicos como o caso do Cello, sempre foi bastante descuidado em conservatórios e escolar – para não dizer que muitas vezes, sequer é mencionado.


Mas afinal, qual é o problema?


Creio que muitas vezes, seja o conceito de que os músicos apreciadores deste gênero musical dito “sério” – como se os outros, não o fossem – são os únicos “autorizados” a compor material musical, e os intérpretes, devem ser meros reprodutores do mesmo.


Mas, se a gente observar um pouco a história da música, veremos que nem sempre a coisa toda foi assim: Por exemplo, Bach e Mozart também eram conhecidos como grandes improvisadores. Este fato, não ficou conhecido porquê simplesmente improvisavam; mas sim, porquê faziam-no muitíssimo bem!


A coisa ganha um contorno mais compreensível quando consideramos a musica como uma variação da linguagem.


A música, como a linguagem, basicamente são códigos baseados em sons, que são ordenados, e de acordo com a ordem dada a eles, ganham seu significado.


Quando uma criança aprende a falar, ela começa a repetir os sons dentro de um determinado contexto. E, dentro deste contexto, ela começa a associar os significados de cada som, com cada objeto, idéia ou experiência dentro do mundo que ela está explorando. Logo, com um repertório de 3 ou 5 palavras apenas, a criança já está começando a se comunicar dentro de outros contextos.


– O que está acontecendo? A criança, no final das contas, está apenas aprendendo a improvisar. E, logo, a medida que seu cérebro e sua mente se desenvolve, aprende mais e mais palavras, compreende a forma de sua gramática bem como seu uso correto, e começa-se a chegar perto do objetivo final; a comunicação.


Então, porquê dentro da pedagogia musical de conservatório, não se produz os “comunicadores”, e somente os “repetidores” de palavras sem significado? É como se a criança passasse por uma escola e aprendesse a falar com muitíssima habilidade e eficiência, e no entanto, só pudesse – ou fosse autorizado - fazer uso de tais faculdades através da leitura de discursos escritos.

Já vi casos de Cellistas experientes, capazes de tocar passagens totalmente possuídas demoniacamente falando; seres virtuosíssimos em sua técnica; se sentindo completamente vazios e indefesos ao tentar uma improvisação s
imples de algumas frases musicais. E, me soa bastante triste a incapacidade dos mesmos de enxergar isto como uma oportunidade de retornar à sua infância musical, isto é; a oportunidade de aprender “um novo idioma” além daquele no qual ele já é exímio executor – E, que por fim, irá lhe dar uma capacidade ainda maior de execução e sua própria expressão.


O que tem que se ficar claro, é que não existe uma técnica específica de se improvisar. Existe uma corrente de pensamentos que afirma que apenas no Jazz existe a improvisação; o que é um erro. O que ocorre é que dentro do Jazz, foi elevada a improvisação aos seus limites extremos.

Nos exemplos assim, é usado um estilo neutro, que pode ser associado a qualquer música devido à sua simplicidade.

Começa-se utilizando os Arpeggios, a melhor maneira de entrar em contato com a harmonia da seqüência a ser usada – Se bem que, não é necessária a utilização de uma base harmônica para improvisar.

Os Arpeggios serão tocados da seguinte forma, para o repasse e re-familiarização da técnica, visando assim o contato com a harmonia do instrumento:



Esta harmonia é bastante simples; uma seqüência diatônica dentro da tonalidade de C Maior. É bacana para quem tiver como, gravar ou sequenciar este compasso em qualquer estilo – apenas para se ter uma base mais divertida que um metrônomo, para se trabalhar.

A princípio, realiza-se o exercício lentamente, inclusive se desejar, em Pizzicato. Chegando-se ao final da seqüência, repete-se.

O passo seguinte, é tocar os Arpeggios não apenas em modo ascendente; mas também no descendente. Ou seja, ida e volta – C, E, G, C, G, E, C.


Próximo passo: Complicar mais um pouco as coisas:



Talvez já tenham percebido, mas a idéia de se realizar tais Arpeggios, é iniciá-los da sua forma inicia, e logo de sua terceira. Em C, começamos em C, após; E.

Em Am.; começamos em Am, C naturaral e, assim sucessivamente.

Esta, é uma das inúmeras dicas que podem ser seguidas para se começar a brincar com a improvisação; compreendido o que escrevi acima, experimentem partir das terceiras e irem diretamente para as quintas – Uma ajuda: Neste caso, em C, o primeiro compasso seria E, G, C, E – G, C, E, G.

Na verdade a sistemática toda é bastante fácil embora, exija-se um pouco de paciência, pois vão perceber que no final, trabalhar com música em forma livre, a improvisação se torna uma coisa um tanto quanto pentelha.

Caso queiram verificar se estão realmente entendendo qual é que é deste exercício, toque a linha a seguir fazendo exatamente o que foi feito no primeiro exercício. Isto é, na primeira nota teríamos (Ascendente): G, E, G, C, E.



Com isto, já se dar para ter uma idéia de onde queremos chegar... Se o que está escrito aí em cima for trabalhado de forma correta, terão gratas surpresas...

Agradecimentos pelos toques à Jennifer Spasamelli - Yale University






sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Repo! The Genetic Opera

Imagine pegar “Blade Runner”, “Sin City”, “The Rocky Horror Show” e “Moulin Rouge”. Agora, imagine adicionar cinquenta mil litros de sangue nisto. Coloque como ambiente, um futuro totalmente pós apocalíptico. E por fim, imagine jogar a famigerada Paris Hilton no meio, contracenando com a inusitada cantora Londrina Sarah Brightman.

...e tente transformar tudo isto se possível, em um musical.

Esta é a formula usada para preparar a base do filme “Repo! The Genetic Opera”, uma das coisas mais bizarras e alternativas que assisti nos últimos tempos.

Bizarro, pois é totalmente improvável a formula acima. Alternativo, pois apesar do primeiro “improvável”, o filme já nasceu com ares de algo cult. ...e até onde sei, será bastante difícil este troço passar em algum cinema aqui por estas bandas. E, diga-se de passagem, “que pena!”. Pois o que temos aqui, é um tremendo de um filmaço calcado no mais digno rock’n roll.

Dirigido pelo mesmo diretor de "Jogos Mortais", Darren Lynn; o filme é uma espécie de overdose sensorial. Já que o filme gira em torno de órgãos humanos, eu afirmo que o cérebro simplesmente não consegue absorver e compreender o filme de uma tacada só.

O enredo, interessantíssimo, traz um futuro em que ocorreu uma epidemia que gerou uma falência mundial de órgãos humanos. Neste futuro, surge a GeneCo, uma empresa especializada na fabricação de órgãos humanos artificiais. Até aí, tudo bem, claro. Só que, em um cenário pós apocalíptico, a ultima coisa que se espera da população é que todos tenham dinheiro para bancar tais órgãos, e é aí que a empresa eleva o termo “capitalismo” a um novo patamar: decidem alugar tais órgãos.

“Mas”, se por algum motivo o pagamento pelo aluguel é atrasado, eles enviam um “repo man”, ou seja, um agente de “reposse” de bens. Sabe quando você atrasa algumas mensalidade do leasing do seu carro e aí você é obrigado a arrumar formas estranhas de escondê-lo, tipo deixando-o estacionado na garagem de amigos, cobri-lo com uma lona na rua etc; porque o banco mandou alguém confiscá-lo? Pois bem. Agora, imagine você tendo que dar um jeito de “sumir do mapa” por causa de um destes agentes que está atrás de seu fígado, rim, coração, etc... Bizarro?

Bizarro é isto estar em um script de um musical...

E, meus caros, vocês ainda não viram nada... TORÇAM para esta bagaça sair nos cinemas por aqui... Pois Repo! é um filme especial. É um filme que nunca deveria ter sido, o filho totalmente bastardo de um estúdio, e apesar dos filmes que mencionei lá em cima; a verdade é que ele é tão dotado de características próprias que dificilmente é possível compará-lo a algo.

Achem vocês tal filme bom, ruim, péssimo ou até mesmo uma piada de mau gosto, ainda assim recomendo assisti-lo. Pois, no mínimo é garantido que você terá uma nova experiência cinematográfica, o que por si só, já e algo raro hoje em dia...



Trailer















segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Debora Erica-Clara Zeier


Debora Erica Clara Zeier... Cellista e modelo, Sueca...

O que mais dá para dizer? Falando sério, acho que nem prestei atenção em como e o que ela toca, já que fiquei babando nas fotos...

Bom, já que não prestei atenção na música e só tenho as fotos e o Currículo da Srta. Zeier, vou me virar com isso mesmo...

- E, quando eu conseguir ouvir direito os tapes dela, eu resenho aqui...
Então... Post enxeção de linguiça (e porquê não, fetichista?); Segue duas fotos e o Currículo para vossa apreciação e análise.

- (E, porra, e que currículo!)...



Currículum:

Name: Debora-Erica-Clara Zeier
Date of birth: 03. December 1982
Residence: Switzerland (ZH & SG) / Tokyo (currently staying in Switzerland)

Profession: Model, Musician, Student "Business Communications"


Won contests Model of the World Switzerland 2005,
Miss Bikini World Swiss 2004,
Miss YOU 2001, ...

Hair gold blonde, long, straight
Eyes dark brown
Height 174 cm
Bust 90 cm
Waist 63 cm
Hips 90 cm

Bra 75B (Europe) / 75D (Japan)
Shoes 39 (Europe) / L-25cm (Japan)
Dress 36 (Europe) / M (Japan)

Experience over 100 photo shootings
Tattoos/Piercings none
Plastic Surgery none

Model References
"FHM" Magazine Germany, "Maxim" Magazine Germany, "Player" Magazine Japan, Autosalon "Top Marques" Monaco, "Auto Digest" Italia, "Rhomberg" Jewelry Switzerland, "Sur la terre magazine" Monte Carlo, Télévision Belge, "Automobil Revue" Switzerland, Swiss media, etc. - References

Languages

* Swiss German (mother tongue)
* German (very good)
* English (good)
* French (good)
* Italian (ok)
* Latin

Education
Apprenticeship as commercial employee with additional commercial diploma, professional "Matura" in psychology, several language courses and further training, now studying "Business Communications" in Zürich, Switzerland

Akt- und Erotikaufnahmen zählen nicht zu den Aufnahmebereichen. Es wird ausschliesslich auf seriöse und professionelle Anfragen reagiert. Besten Dank für Ihr Verständnis.




















Nota:
A tradução do último parágrafo; em Alemão? Algo do tipo: - "Não tiro fotos nem atuo em imagens de conotação sexual. Apenas respondo à perguntas respeitáveis e de caráter profissional. Muito obrigada pela atenção" -> É mole??

Resoluções para 2009 - Anexo B: Me mudar para Suiça ou Suécia...


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