terça-feira, 24 de agosto de 2010

Fingerboard tapes: quem não cola não sai da escola



Okays, vou falar de um assunto meio polêmico aqui, hein? Provavelmente vão querer me crucificar, difamar e colocar pra ouvir calypso e sertanejo por duas horas seguidas (por favor, não façam isso, tenham piedade!). Mas vamos lá.

Acho que uma das maiores dificuldades em se aprender a tocar violoncelo está na mão esquerda. Ah, quer dizer então que você manda ver no arco, sabe fazer todos os golpes? Grande coisa. Isso não vai adiantar nada se a sua mão esquerda for burra.

E a minha é.

Talvez pelo fato de não ter começado a tocar violoncelo ainda criança, talvez pelo fato de ter tocado baixo elétrico durante muito tempo... a verdade é que a minha mão esquerda é burra demais. Desde que passei pro violoncelo, então, sempre tive muita dificuldade em acertar a entonação. Vez ou outra, saía alguma nota desafinada. E eu notava e ficava muito puto com aquilo tudo.

Olha a diferença...


Então fui pesquisar na intertet dicas, métodos, enfim, algo que me pudesse ajudar a corrigir esse problema.

Descobri que alguns professores, ao ensinar os primeiros passos de cello à crianças, costumam utilizar um método de colar fitinhas coloridas (tapes) no braço (fingerboard) do instrumento. Assim, a criança memoriza com maior facilidade a correta posição da mão esquerda e, ao depois, quando houver mais segurança, pode-se simplesmente retirar as fitas do braço.


Agora vai...


Não contei conversa e enchi o braço do meu cello de fitinhas. Daí, quando cheguei no dia seguinte pra aula, tive que aguentar piadinhas do meu professor de cello, "blábláblá", "você nunca vai aprender desse jeito", "tu vai se acostumar a ficar olhando pro braço e não é pra ser assim", "mimimi", etc. De fato, vi que tem muitos professores que condenam o método. Mas, em verdade, eu vos digo: tô nem aí. Não preciso ser o maior violoncelista do mundo, só quero tocar minhas músicas e tirar um som minimamente decente do meu instrumento.

Aí então vai um conselho de amigo: sinta-se à vontade para experimentar e buscar o método que mais se encaixa a sua necessidade e ao seu jeito de tocar. Nem todo mundo gosta do método "Suzuki", por exemplo. Busque, portanto, aquele de seu gosto. A sua forma de tocar não precisa ser igual à de todo mundo. Afinal, não é porque é diferente que é errado, certo?

P.S.: tá massa o novo layout, hein? :D