domingo, 26 de dezembro de 2010

Violinos, Cello, Rock Pt. 26 - Beirut

Considerando que ando realmente vagabundo para postar alguma coisa por aqui – ando priorizando minhas anotações em forma de “diário de bordo” que não o blog, temporariamente; posto aqui uma banda bem legal que preciso escutar com mais calma. Na verdade conheci ontem a noite; grato a Amaranta por cruzar o Atlântico e me encontrar em Frankfurt para me apresentar isso.


Texto & link; créditos ao blog “Feijão Tropeiro Musical”.


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Em seu segundo lançamento, Zach Condon permanece perambulando pela musicalidade impar de uma Europa perdida na memória, mas desce dos Bálcãs para a Europa ocidental, e senta-se para admirar uma corrida de balões de ar ocorrida na Paris do início do século 20. E dá-lhe chanson francesa entoada entusiasmadamente em formato novo pop – a influência central do álbum é a obra de Jacques Brel, mas namora também a classe do Magnetic Fields, projeto do multi-instruementista Stephin Merritt, sem abandonar a sonoridade cigana da estréia.


Viola, acordeom, bandolim, trompetes, flugelhorn e orgão criam um clima tão rico de sons e imagens que é difícil não se apaixonar e/ou não se perder por The flying club cup. Da voz de Zach Condon escorre uma poesia melancólica que comove enquanto conta a história de uma paixão proibida de um tempo qualquer (existem paixões proibidas hoje em dia?) que pode causar o enfrentamento de duas grandes famílias (nem Montechios nem Capuletos, mas poderiam ser estes os personagens) e colocar a perder a organização de uma corrida de balões.


"Nantes" abre o disco (após os 18 segundos de "A call to arms") de forma quase desorganizada, como se o Beirut fosse uma orquestra de rua. Da voz de Zach escorre saudade e tristeza: "Já faz muito tempo que eu vi você sorrir", canta o jovem que só vê um sentido na noite: chorar. "A sunday smile" narra uma das paisagens mais deliciosas de se ver: um cachorro deitado na sombra lambendo suas feridas em um dia de domingo. A conquista segue em "Cliquot", cujo personagem pergunta no refrão empolgante: "Que melodia levará minha amante para a cama"?


A musicalidade do Beirut não é algo que desce fácil a ouvidos acostumados com o clássico pop britânico (digerido e devolvido com poucas variações pelos norte-americanos) dos últimos quarenta anos. Porém, para brasileiros acostumados com a delicadeza da bossa nova, com os acordes dissonantes da tropicália e com os tambores de maracatu do manguebeat (e, por que não, com a influência latino-caribenha do reggae e do calipso na axé music), o Beirut é uma surpresa de final de noite, quando após noites em claro estamos prestes a dormir, e a sonhar, e nos deparamos com o último acontecimento, aquele que vai dar o tom do sono – e dos sonhos.


A orquestra cigana de Zach Condon dá vida a uma arte que – cada vez mais – se ampara na reciclagem e na repetição. Acompanhado de músicos tão jovens quanto ele, este garoto de 21 anos de Albuquerque, nos Estados Unidos, não se prende a uma corrente pop, ao contrário, navega solitário por terras quase desabitadas desse mundo velho sem porteira. Seu passeio musical em um balão rende um repertório cuidadoso de 13 canções inspiradas e inspiradoras que servem para fazer a alma do ouvinte – afogada na desilusão de uma música pop que padece de criatividade – respirar novamente enquanto observa a lua velejar nos olhos da amada.


Para ouvir sem piscar.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Como escolher um arco?

Oi, amigos! Como cêis tão? Espero que bem. Essa é só uma passadinha pra tirar a poeira do blog, hahah! Depois posto com mais calma. ^^

Encontrei essas informações fuçando na net. Não sei quem é o autor, mas resolvi publicar aqui assim mesmo pra conhecimento de todos. Um pouco de conhecimento geral sobre arcos (se alguém souber o autor, me avisa, tá? eu coloco os créditos.)


COMO ESCOLHER UM ARCO

Aceita-se geralmente que um musico de instrumento de corda compra primeiro um instrumento antes de começar a procurar um arco. A pergunta de muita gente é: o que é mais importante, o instrumento ou o arco? Eu digo o seguinte: você vai a um recital de violino ou você vai a um recital de arco? É o músico um violinista ou um “arquista”? Eu acredito que isso responde à pergunta. Entretanto, depois que o instrumento ideal é encontrado, o arco deve ser a próxima procura. Ao procurar um arco, deve-se ter em mente que apenas porque um arco é caro não lhe faz automaticamente um arco melhor. Em termos de materiais o pau brasil é a melhor madeira para o arco. Outras madeiras são usadas para arcos mais simples e para arcos de estudante. Nos últimos 10 anos a fibra de carbono tem se mostrado uma opção interessante para a confecção de arcos e muita gente diz que a fibra de carbono é tão boa quanto o pau-brasil. Sendo que os arcos de fibra de vidro são usados para estudantes. A crina do arco é tradicionalmente branca ou preta sendo que a crina preta é mais usada para arcos de contrabaixo. Muitos substitutos foram experimentados, mas a crina do cavalo é considerada ainda o melhor material. Quando estiver avaliando um arco certifique-se que a crina é nova ou pouco usada. Com o tempo a crina estica e perde sua habilidade de reter resina. Um bom arco com crina velha é como um bom violino com cordas velhas.

Redondo ou octagonal

A forma do arco é assunto de muita discussão. Algumas pessoas acreditam que um bom arco deve ser redondo, outras preferem o formato octogonal. Porém, o equilíbrio do arco e a qualidade da madeira que está sendo usada serão o fator decisivo na qualidade do arco.

Equilíbrio

O equilíbrio correto de um arco é muito importante. O arco não deve ser demasiado pesado no talão e nem ser demasiado leve na ponta. Se for demasiado leve na ponta será difícil começar um som forte na parte superior do arco, se for demasiado pesado no talão será difícil controlar golpes de arco como o spicatto e mudança de corda.

Força e flexibilidade

A força da vareta e a flexibilidade são basicamente opostos, contudo são extremamente necessários para que um arco seja capaz de produzir um bom som. A força da vareta é absolutamente essencial para fazer um som forte e poderoso. O arco deve ter rapidez de resposta e clareza na articulação. Para avaliar a força, eu verifico primeiro a dificuldade para girar o parafuso ao apertar a crina. Se o talão estiver bem ajustado na vareta e o parafuso girar com extrema facilidade o arco é demasiado fraco. Coloque o arco em cima de uma corda do seu instrumento e force para baixo, verifique quanta resistência ele oferece antes de encostar a crina na vareta.

Curvatura e alinhamento

A curvatura é extremamente importante porque determina algumas características muito importantes. Se o arco tiver uma curvatura excessiva poderá se tornar muito duro e desajeitado e se não for curvado o bastante se tornará fraco e sem clareza nas articulações. O arco pode perder sua curvatura com o tempo se não for devidamente afrouxado na hora de guardar. A curvatura pode ser refeita e para isso é necessário um luthier que tenha experiência, pois esse é um procedimento muito delicado. Os arcos franceses costumam ter bastante curvatura na parte superior começando bem perto da ponta, isso dá mais firmeza e som mais brilhante. Os arcos alemães por sua vez têm curva mais suave e homogênea, portanto, produzem som mais escuro e a vareta fica um pouco mais flexível.

País de origem

Os franceses são conhecidos pelos seus arcos assim como os italianos são para violinos. O francês inventou o arco como nós o conhecemos hoje e a maioria dos golpes de arcos usa palavras francesas. A França, durante muitos anos, produziu muitos archetiers de alto nível, mesmo para os arcos feitos por fabricantes franceses modernos o preço tenderá a ser mais elevado do que de outros países tais como alemães, suíços, e estados unidos.

Ornamentação

Fabricantes de arcos individualizam seus produtos de diversas maneiras. Alguns arcos são altamente decorativos, alguns adornados muito simplesmente. O músico não deve supor que mais decoração significa automaticamente mais qualidade.