quinta-feira, 4 de março de 2010

Matthew Schoening



Em meados de 2008, tive a oportunidade de conhecer o trabalho de um músico sensacional: Matthew Schoening a.k.a "Mr Celloman".

Matthew é o que se pode chamar de um músico completo. A despeito de sua formação musical (que vai da percussão ao violoncelo, passando ainda pela guitarra e o piano), Matthew é um tremendo "experimentador". Ele é especialista no uso de pedais de Looping (são pedais de efeito que gravam o som do instrumento e o repetem em várias pistas, simultaneamente), no que ele chama de "The Art of Live Looping", criando belíssimas e únicas melodias com apenas um único instrumento.

Sua música é profunda e nos remete àquelas trilhas sonoras de filmes em que a emoção fica à flor da pele. Basta fechar os olhos e viajar nas linhas...

Perguntado de onde vem a sua música, responde ele, sem piscar:


"It comes from my soul... It is how I express everything about myself. It is how I heal, and heal others... A lot of people tell me that they connect to my music on a very deep level. Well, this is why. It's real, and it comes from my heart and soul, and I am risking and exposing it all just to be able to share it with you all..."


Ver uma perfomance ao vivo desse cara é coisa de louco, porque seus ouvidos custam a acreditar que todos aqueles sons estão vindo de um único instrumento. Vide:

"Emotional Clockwork"



"Firewater"

5 comentários:

Anônimo disse...

É impressão minha ou esse cara usa e abusa de Tappings?
Digo, sei que não tem muito a ver, mas por algum motivo me lembrei dos tappings de Michael Hedges; embora obviamente, Matthew Schoening vá para uma linha bem mais moderna... (Ao menos, pensei nisso ao ouvir a "Firewater".)

Segue a clássica Aerial Boundaries caso não conheçam... (Embora não queira misturar alhos com bugalhos, Cello é Cello, Violão é Violão... rs)

http://tinyurl.com/y9rhsb6

Agora, voltando; gostei muito dos trabalhos do Matthew Schoening.
Conheço algumas Cellistas que vão para o extremo do experimental ao usar o Looping; e o curioso é que o resultado é bem diferente pois invariavelmente elas acabam caindo em alguma linha mais minimalista e fria..

Estou "passado" (por falta de termo melhor) com as melodias da "Emotional Clockwork"; são de uma beleza ímpar e apesar do uso do Looping, ele passa longe do minimalismo frio e industrial que citei antes; muito pelo contrário, cria algo elegante, orgânico e quente.

Chico Mouse disse...

É verdade, cara! Fico impressionado como ele consegue bolar tudo isso, "Emotional Clockwork" é linda, vai crescendo, até a parte final, que acho linda...

Não conhecia Michael Hedges, mas como vc disse, ambos abusam e usam de looping ( e tapping! bando de baixistas frustrados... hahahah!). Mas curti muito!

Morro de vontade de comprar um pedal de loop, mas tenho medo de, sei lá, ficar "viciado" e não conseguir tocar sem ele. Mas acho pra quem curte tocar sozinho em casa, pode ser uma ferramenta bem interessante. :P

Anônimo disse...

Muito boa essa performance do "experimentador" com o Looping.. =)

Cecil disse...

Muito bom, de qualquer forma. Um artista livre.

Abs

Lu disse...

Maravilhoso!