segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Violinos, Cellos & Stradivarius...


O Cello, é um instrumento da família dos instrumentos de corda. Possui quatro cordas e se diferencia dos outros instrumentos pelo seu tamanho grande, fazendo com que tenha que se apoiar ao chão por meio do
espigão, uma haste de metal em sua extremidade.

A primeira citação sobre o violoncelo foi numa coleção de sonatas italianas anônimas, datada de 1665. Seu antecedente é a viola da gamba, ou viola-de-perna. Tornou-se popular como instrumento solista nos séculos XVII e XVIII.

A característica padrão do instrumento foi estabelecida por Stradivarius, em 1680. A partir dos Concertos Espirituais de Boccherini, o violoncelo passou a ser tratado como solista, e não somente como um instrumento para compor o naipe de cordas.

Para tocá-lo, o músico deve estar sentado, com o instrumento entre os joelhos. As quatro cordas são afinadas em Dó, Sol, Ré e Lá, como na viola, mas uma oitava mais grave. As composições para violoncelo são escritas fundamentalmente na clave de Fá na quarta linha. O alcance do violoncelo é de duas oitavas abaixo do dó médio(Dó1).

Sua sonoridade é considerada bastante expressiva, sendo conhecido como o "rei" dos instrumentos de cordas. Entretanto, seu uso está mais presente na música erudita. As grandes orquestras utilizam entre oito e doze instrumentistas de violoncelo no naipe.


Antonio Giacomo Ŝtradivari

Latinizado como Antonius Stradivarius; Antognio Giacomo Stradívarius(Cremona, 1648 - 18 de dezembro de 1737) foi um célebre luthier italiano. Ainda muito jovem foi discípulo de Nicolo Amati, com quem aprendeu e desenvolveu a arte inconfundível de fazer instrumentos de corda, como violinos, violas e violoncelos, contra-baixos, violões e harpas.

O período áureo de sua carreira foi entre 1700 e 1722, quando lançou a forma G e construiu seus violinos mais famosos, como o "Bets", em 1705, o "Cremonese", em 1715, o "Messiah" e o "Medici", ambos em 1716. Muitas das técnicas utilizadas por ele ainda não foram completamente desvendadas. Sabe-se que as madeiras usadas eram o acero e o abeto, este para o tampo harmónico e partes internas e aquele para o fundo, faixa e braço. A madeira era tratada com diversos tipos de minerais, borato de potássio, silicato de sódio e de silicato de potássio, verniz de bianca (um composto de goma arábica, mel e clara de ovo), além de Stradivari selecionar madeiras mais antigas e ressecadas.

A Sonoridade - Teorias

Há diversas teorias sobre a sonoridade de seus violinos. Uma delas diz que o segredo da sonoridade de seus instrumentos estava no verniz utilizado por ele, que acreditavam conter cinzas vulcanicas, o que tornava o instrumento mais duro e assim melhorando a sonoridade. Essa teoria ainda não foi comprovada por pesquisas. Outra lenda para o fato de seus violinos terem uma sonoridade superior, era porque ele selecionava madeiras de navios naufragados há anos. Com isso, a madeira ficava muitos anos em agua salgada, o que fazia com que a madeira fosse mais dura. Tambem não há nenhuma prova científica sobre esse fato.

Um outro fato (talvez o mais aceitável entre os cientistas), é que durante o período em que viveu o luthier, a Terra, e especialmente a Europa, estava passando por um período onde foram registradas temperaturas muito baixas na Europa. Por isso, as madeiras das árvores ficaram mais duras durante esse período.

Os Instrumentos


Os instrumentos Stradivarius são conhecidos como os mais famosos e caros instrumentos de corda do mundo. Mais de mil foram criados, mas apenas 650 existem, e apenas 6 deles com a resina que lhe deram a fama. O mais famoso, modelo de incontestáveis cópias, chamado de "O Messias" de 1716, possuidor do som mais puro do mundo, com mais de 100 sons inaudíveis ao ouvido humano, está no museu Ashmolean Museum de Oxford. Esse violino nunca foi tocado. Percebe-se isso claramente observando-se o seu verniz que está como se tivesse saído do atelier de Stradivari recentemente, em comparação com os instrumentos de mesma época. O messias não possui valor comercial e, historiadores dizem que seria como colocar preço nas pirâmides do Egito ou na muralha da China.

Instrumento único, cuja fórmula de pureza dizem lendas, terem sido guardadas por uma humilde família camponesa na ilha de Monte Cristo, a família Tuscano, no Noroeste da Itália, que hoje relevam o conhecimento desta fórmula. Químicos descrevem a resina como um âmbar de antigas sequóias gigantes que habitaram a Europa da Idade Média. Físicos nucleares dizem que o tempo e as condições favoreceram a ressonância límpida das cordas, mas nenhum valor teórico ou prático para isso foi com certeza comprovada.

Um comentário:

Anônimo disse...

Seu texto sobre os instrumentos fabricados pela mão de Stradivari, foi muito bem produzido concordo que os instrumentos sejam da mais alta qualidade, porém um instrumento só pode ser considerado bom nas mãos de um ótimo músico. Mesmo que um instrumento seja considerado o melhor, de nada servirá sem um músico.
Por que a musica é a maneira encontrada pela alma de se expressar.