Destrinchando todo o potencial musical de seus instrumentos, os irmãos Anton e Lewis Patzner – Violinista e Violoncelista - vem desde 2002 criando, praticando e explorando novas texturas sonoras pelas ruas de Oakland.
Embora costumem definir sua música como “String Metal” - um forte indicativo da sonoridade e estilo que exploram - eles pouco tem a ver com as inúmeras bandas que tem surgido no cenário musical e que fazem uso de instrumentos clássicos. Analisando suas composições musicais, podemos perceber uma forte influência da música progressiva, heavy metal virtuose e talvez algo que poderíamos quem sabe classificar como hardcore, usando uma variedade bastante grande de pedais de efeitos tanto para guitarras como para baixo.
Deste caldeirão, o resultado final é ainda mais amplificado quando entra em cena o baterista Jon Bush fazendo sua marcação cerrada em algumas das faixas.
Atingindo certa fama neste nicho musical, ainda em 2002 eles resolvem gravar e produzir por conta própria seu primeiro trabalho comercial, um EP contendo 7 músicas em uma tiragem de 500 cópias, hoje fora de catálogo; o que lhes abriu as portas para a realização de showscompletos em palcos, embora em um nível regional.
Apesar de serem muito bem recebidos nestes primeiros shows, tais apresentações foram marcadas por uma série de problemas quanto ao som devido a dificuldade de amplificar e utilizar efeitos em instrumentos acústicos; embora eventualmente a banda acabasse por acertar o seu equipamento bem como fazer funcionar a sua música no formato de shows em palcos.
Em novembro de 2004 eles colocam no mercado seu primeiro long play, o “Dark Opus”, e o mesmo imediatamente ganha destaque na imprensa local bem como online. Inteiramente gravado e produzido por eles, a sonoridade apresentada apesar de bastante pesada, apresentava vários interlúdios mais suaves bem como passagens inteiramente orquestradas, sendo usada em uma das faixas, inclusive, um coral completo.
No entanto, infelizmente o Judgemente Day foi colocado na geladeira logo após este lançamento, quando o Violoncelista Lewis Patzner começou a focar sua atenção em seu bacharelado no Cello no Conservatório de Musica de Baltimore. Período este em que seu irmão e Violinista Anton, foi recrutado pela banda Indie Bright Eyes, passando a maior parte de seu tempo em tour com eles.
Retornam em 2006 e finalmente em 2008, colocam no mercado seu terceiro trabalho, o E.P.acústico intitulado “Opus 3: Acoustic”, mostrando uma banda com um senso criativo musical muito mais intuitivo do que os trabalhos anteriores.
Clip bacanudo e meio nonsense recheado de zumbis e o cacete. Detalhe para a cara de Clark Kent nerd do Violoncelista Lewis Patzner e da cara de zumbi aloprado do Violinista Anton Patzner.
Quando você abre o site destes caras e começa a ler, dá de cara com um belo - “ninguém consegue explicar como é a música de Hevein... você tem que ouvir por si próprio.”
O que a gente espera de uma banda que pratica Heavy Metal e que utiliza em sua cozinha, um Violino e um Cello? Magistralmente encabeçados por Max Lilja e seu Cello e Aino Piipari e seu Violino, Hevein é uma banda Finlandesa de metal, da cidade de Helsinki, composta por seis membros.
Apostando em uma possível combinação entre as esferas mais agressivas e mais suaves da música, Hevein cria um som interessante em que se faz uma mistura bastante homogênea entre vocais rasgados, guitarras pesadíssimas e uma bateria espancadora com um contraponto que são o segundo vocal e as passagens mais calmas do Violino e do Cello.
Na verdade é uma banda estranha. Tenta-se absorver o que eles fazem, mas existe algo que incomoda bem lá no fundo; como se, na música deles, algo estivesse ligeiramente fora do lugar. Pode ser apenas impressão visto a falta de maturidade e identidade própria. Eles chegam lá.
Max Lilja é antigo membro do Apocalyptica, atualmente se desdobra em dois para acompanhar Tekijä Tuntematon e Tarja Turunen. Destaque para a belíssima Violinista Aino Piipari.
Algumas músicas poderosas. Muito leval o cover de “Walk” do Pantera. Outras, maravilhosas em sua suavidade. Aguardo o próximo álbum com certa curiosidade.
Ótimo texto para quem pretende adquirir um instrumento Chinês mas fica com um pé atrás... Retirado da “Strings Magazine”.
Violinhos, Violas, Cellos e Contra Baixos hoje podem ser encontrados em quase qualquer loja que negocie instrumentos musicais e assessórios. São vendidos com nomes Andreas Eastman, Johannes Köhr e Andrew Schroetter, apenas para citar alguns. Mas, não importa o quão Europeu seus nomes soem; a maioria destes instrumentos novos dividem uma mesma origem: China
Muito recentemente, talvez em um espaço de tempo compreendendo 5 a 10 anos; existia um certo dissabor quando mencionava-se a origem do instrumento como Chinês. E, de fato, hoje o núcleo de produção da Lutheria mundial deslocou-se das tradições Européias dos instrumentos de corda para a China.
Desde então, o mercado mundial para instrumentos foi tomado de assalto – principalmente quanto aos especiais para alunos no nível elementar – graças a uma combinação de uma série de melhorias na qualidade bem como os baixos preços de venda.
Atualmente é impossível dizer quantos ateliês e fábricas de instrumentos estão funcionando na China. “Eu vi dezenas delas, e eu acho que sequer arranhei a superfície ainda” – diz Stephen Sheppard, presidente e proprietário da distribuidora Southwest Strings em Tucson, Arizona. “É um país enorme!”
O que há no nome?
Como inúmeros outros fabricantes, distribuidores e varejistas domésticos, a Southwest Strings estabeleceu uma parceria ativa com a industria Chinesa de Violinos, vendendo instrumentos de origem industrial sob a marca “Klaus Mueller” bem como outros de ateliê sob a marca “Yuan Qin”.
Mesmo as lojas que revendem estes instrumentos nem sempre sabem quem os produziu. “Nós não sabemos aonde a industria ou ateliê fica, salvo se o distribuidor nos informa”, explica Matt Zeller, um aprendiz de Lutheria para Violinos da “Donley Violinos”, em Charlotte, Carolina do Norte. “Nós temos fornecedores que possuem Lutherias familiares e tradicionais bem como outros que negociam com qualquer um.”
Esta confusão é generalizada. “É lamentável a quantidade de vezes que mudam a marca de um instrumento, bem como as confusões causadas por isto”, comenta o gerente de produtos do “The Music Group” (Boosey & Hawkes Musical Instruments) Jason Torreano, que comercializa instrumentos Chineses sob a marca Andrew Schroetter. “Eu não ficaria surpreso se um fabricante de instrumentos na China estivesse comercializando seus produtos no resto do mundo sob dez ou vinte marcas diferentes.
De fato, a importação e comércio de instrumentos Chineses se tornou um negócio tão amplo, que é praticamente impossível dizer todos as marcas sob as quais os mesmos são vendidos. Vários destes instrumentos saem da China sem uma marca; e os distribuidores e lojas colocam uma marca nele que sugestionem sua origem. “Eles pegam segundos nomes que soam Italiano e colocam um primeiro nome, como “Médici Alfredo”, observa Zeller.
Algumas lojas se dão ao trabalho de customização do instrumento. Algumas irão comprá-los e terão todo o trabalho de envernizá-los e regulá-los. Outras irão harmonizá-los. E outras simplesmente farão a aplicação de uma etiqueta e instalarão as cordas. Uma vez que tais etiquetas estejam no lugar; será virtualmente impossível rastrear sua origem.
Para complicar ainda mais a questão da origem dos instrumentos, muitos Luthiers costumam importar o instrumento cru da China e fazem o acabamento em seus próprios Ateliês. Esta prática permite por exemplo, que um Luthier na Alemanha afirme que a origem de tal instrumento é Alemã, visto que 40% do trabalho – o mínimo legal – é feito lá.
Para os consumidores e negociadores que se dão ao trabalho de identificar a origem de seus instrumentos, a profusão – e confusão – de nomes e marcas se tornam um verdadeiro desafio. Por sorte, colocando-se no papel as estatísticas quanto a qualidade destes instrumentos percebe-se que a qualidade dos mesmos é boa, especialmente quando falamos de instrumentos que apresentam um nível para estudos. Mas nem sempre foi assim.
Uma Mudança Dramática.
Não muito tempo atrás, os instrumentos Chineses ganharam a reputação de instrumentos que não eram muito melhores do que lenha para fogueira. O enorme aumento da qualidade deles é um exemplo claro de como o advento da economia de livre mercado bem como a globalização na China, mudou tanto a industria Chinesa e o comércio ocidental.
No passado, as fábricas de instrumentos na China eram dirigidas e controladas pelo Partido Comunista, que, como é de se imaginar, não entendem nada de instrumentos musicais. Por isto a qualidade tão pobre da produção inicial, anos atrás.
No entanto, com a abertura do mercado bem como as reformas políticas e econômicas do país, tais empresas foram obrigadas a se adequar e começar a gerar lucro – imposto pelo governo – até o ano 2003. Tal mudança se deu de uma maneira impressionante, e hoje quando perguntado sobre a qualidade destes instrumentos, Zeller afirma que são bastante bons. “Estou bastante impressionado com a qualidade dos instrumentos bem como com os preços. Eles iniciaram uma escalada na qualidade de seu produto e conseguiram manter os preços bastante baixos. Para os estudantes iniciantes é a melhor opção, pois você pode comprar instrumentos tão bons quanto os Europeus, por algumas centenas de dólares.”
Acabamento Fino
Zeller também admira o trabalho final dos instrumentos produzidos pelos Chineses que ele vende. Particularmente, o acabamento fino das Volutas, os tampos; de uma beleza impecável bem como a precisão dos “f’s” nos modelos Stradivarius; embora ele reclame um pouco do excesso de brilho do verniz utilizado nos instrumentos abaixo dos $600,00 US$. A partir deste preço, encontra-se facilmente bons instrumentos Chineses.
E, como a China detém algumas das maiores áreas de florestas antigas no mundo, as madeiras usadas na fabricação dos instrumentos também tem uma qualidade bastante boa, tanto relativas à durabilidade bem como o som. “Em termos sonoros, as madeiras Chinesas tendem a produzir um som mais morno e menos penetrante se comparadas por exemplo, com as madeiras Européias”, diz Joel Becktell, vice presidente da Eastman Strings. “As madeiras Européias têm uma reputação de produzir um som mais brilhante e direto”
Graças à melhoria das técnicas de produção e a disponibilidade de madeiras de alta qualidade, existe uma abundância de excelentes violinos, violas, cellos e contrabaixos Chineses, no mercado mundial.
Por outro lado, muitos dos entrevistados para este artigo avisam que a China, embora a melhoria na qualidade de seus instrumentos, ainda continuam como uma fonte de instrumentos realmente terríveis, particularmente os de baixíssimo preço comercializados na Internet. “Quando você chega à casa dos US$ 200,00, deveria existir leis contra a comercialização destas coisas”, reclama Bill McClain, da Atlanta Street Violins, em Roswell, Geórgia. “Eles apenas vendem objetos, não instrumentos de verdade.”
Ele diz que a maioria destes instrumentos extremamente baratos vem com os braços tortos, cavaletes tortos e de péssima qualidade bem como som risível. “As regulagens são tão ruins que tocá-los se torna virtualmente impossível”, concorda Richard Ward, da “Ifshin Violins” em Berkeley, Califórnia. “As pontes sequer são adaptadas, são apenas colocadas ali, de qualquer jeito”
Richard Ward também avisa sobre fabricantes Chineses que corta os cantos durante a construção, deixando de fora partes do interior; ou então usam madeiras pintadas de baixíssima qualidade no espelho dos instrumentos.
O consumidor deve sempre confiar no distribuidor por conta desta variação na qualidade, dificuldade de distinguir entre instrumentos bons e ruins através do nome, e o fato da maioria dos instrumentos Chineses serem feitos para músicos em nível de estudos que não tem nenhuma idéia do que observar durante a compra de um instrumento. “Você tem que ter certeza quanto à reputação da loja aonde você irá comprar o instrumento, bem como também que eles saibam o que fazem.” Recomenda Matt Zeller.
Apesar da presença de muito instrumentos lixo; muitos dos instrumentos Chineses para estudantes oferecem uma qualidade excepcional a preços relativamente baixos. Como resultado, tais instrumentos hoje detêm algo entre 50 - 80% do mercado para novos músicos.
O mais impressionante desta penetração de mercado é o quão rápido ela aconteceu. “Começou a cerca de 3 anos atrás” diz Alex Weidner, sócio da Howard Core Company. “Quando a 5 anos atrás você aparecia com um instrumento Chinês, as pessoas se mostravam realmente céticas. Houve uma mudança dramática neste comportamento.”
China vs. Europa
Esta mudança se deve aos custos de manufatura dos produtores Europeus, que impedem que sejam competitivos perante os Chineses. Michael Becker, co proprietário da “Becker Fine Stringed Instruments” em Des Moines, relembra quando a maioria dos instrumentos para iniciantes vinham de fabricantes como a Glaesel, Knilling, e a Scherl & Roth. “Estes eram os nomes que eram comumente usados por estudantes, e creio que agora estas marcas devem competir com os instrumentos Chineses”.
“Hoje, os estudantes tem infinitamente mais opções do que eu tive”, completa Becker, que além de manter a loja, também é professor, músico de câmara e violinista da Sinfônica de Des Moines.
No entanto, nos níveis mais altos deste mercado, os fabricantes Europeus ainda reinam soberanos. “Você não encontra muitos instrumentos de alta performance na China salvo raras exceções. E, tais exceções dificilmente são reconhecidos como tal” diz o Luthier e negociante de instrumentos Fritz Reuter, proprietário da “Frit Reuter & Sons” em Lincolnwood, Illinois.
Para os estudantes de nível intermediário e avançado, a atenção aos detalhes que se vê nos instrumentos de Luthier Europeus ou Americanos fazem destes, a escolha perfeita para eles. Neste caso, você tem a garantia da experiência de fabricantes que estão no ramo de instrumentos por gerações.
Ainda assim existirão os estudantes que formam a “resistência” contra os instrumentos Chineses; e em alguns casos, mesmo escolas que tiveram uma má sorte em se tratando de tais instrumentos, irão encorajar seus estudantes a não adquiri-los. “Algumas pessoas sempre irão querer um instrumento Europeu” salienta H.R. Core, gerente de marketing da Howard Core Company.
Mas para a maioria no entanto, a aceitação dos instrumentos Chineses tem se tornado cada vez maior de maneira consistente; um fato novo que está afetando a todos os fabricantes, mas que também está mostrando resultados benéficos em uma nova geração de aspirantes a instrumentos de cordas. Existem poucas dúvidas que em um médio período de tempo, esta boa qualidade irá também se estender para instrumentos para estudantes médios e avançados. “Por causa da existência de tais instrumentos bons e baratos, o numero de jovens que iniciam seus estudos nos instrumentos de corda, tem se multiplicado”, diz Jason Torreano.
...vocês costumam ficar irritados quando se dão conta que perderam “aquele” método, partitura ou exercício? Pois é. Perdi a minha apostila de escalas...
Como provavelmente não sou o único descerebrado aqui; posto aqui este índice de escalas para improvisação no Cello, por Jamey Aebersold.