quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Blackmore's Night

Era uma vez um guitarrista ranzinza chamado Ritchie Blackmore. Ele e seus amiguinhos fundaram uma banda maneiríssima conhecida como Deep Purple. Eles gostavam de falar sobre carros velozes, cassinos pegando fogo e noites escuras. O problema é que Ritchie era um cara mal humorado, e até jogava água na cara de uns cameramen em shows. Um dia, Ritchie ficou tão bravo, mas tão bravo que brigou com todo mundo e deixou o grupinho, para tristeza dos fãs. O grupinho acabou indo para o vinagre logo depois.

Depois disso, Ritchie juntou-se com um anão que cantava muito e fundou o Rainbow. Parecia que tudo seria melhor e mais colorido, pois afinal de contas eles cantavam sobre reis de montanhas prateadas e magos malvados que gostam de olhar estrelas, além de desejar vida longa ao Rock ‘n’ Roll. Como coisas boas não costumam durar muito, um dia o anão se aborreceu e deixou o grupo. Foi continuar cantando sobre coisinhas encantadas no seu grupo novo, mas também acabou cantando sobre sabás negros e outras coisas menos fofinhas e menos típicas. Bom, esta não é a história do anão caveirinha-cover, então vou parar por aqui. Ritchie chamou outras pessoas para o lugar dele (do anão) mas, apesar de até conseguir algum sucesso, resolveu voltar para o seu pessoal antigo do Deep Purple porque ofereceram bastante dinheiro para eles caso voltassem a ser amigos. Ou pelo menos se conseguissem fingir isso.

Infelizmente, algumas coisas nunca mudam: nosso antipático amigo Ritchie continuou de cara feia para com os seus coleguinhas e a tal reunião não pôde durar muito tempo porque ninguém o agüentava. Ritchie deixou o Deep Purple novamente e, vendo que seus ex-amigos lançaram um bom disco sem ele, resolveu lançar um disco do Rainbow também. Foi um fracasso, e os tempos pareciam negros para ele.

Acontece que um dia Ritchie conheceu a Rainha das Fadas e, contrariando todas as histórias politicamente corretas, ao invés de se casar com ela, ele só começou a namorar. Ritchie e a Rainha das Fadas - doravante chamada de Candice Night
, ou só Candice (para facilitar a vida) - gostavam de tocar música renascentista para os amiguinhos no seu castelo. Ritchie toca bandolin e outros instrumentos mais esquisitos, e Candice canta e toca flauta. Ah, e eles têm uns outros coleguinhas ajudando com percussões, corinhos e etc. Os amigos gostavam tanto que disseram para eles lançarem discos. Ritchie e Candice gostaram da idéia, e aí surgiu o Blackmore's Night (o cara é possessivo, ainda por cima).

Não faço a menor idéia de como foram as vendas dos discos, mas provavelmente devem ter vendido alguma coisa, pois até o presente momento constam 9 albuns lançados entre singles e full plays. Bom, por enquanto, eles estão vivendo felizes. Se é para sempre, só Deus sabe.

Outra peculiaridade do Blackmore's Night é a enorme quantidade de músicas por álbum. Para ser sincero não gosto de discos com muitas músicas por vários motivos. Um deles é porque geralmente quando há muitas músicas, algumas (ou várias) estão lá só para encher lingüiça. Outro motivo é que acho cansativo ouvir um disco com muitas faixas, pois quando acaba a última, você nem se lembra mais da primeira.

O negócio da "banda" (nunca soube se o Blackmore's Night é banda ou não) é tocar música renascentista e medieval. Nos primeiros discos, nem guitarra rolava. Agora Ritchie está menos chato e já toca alguma coisa elétrica junto, o que torna os álbuns um pouco mais variados









Vídeo - > Blackmore's Night - All For One (Live)

Um comentário:

Anônimo disse...

Opa Valew's!