Bom, os propósitos que me levam à trabalhar neste blog apenas assuntos relacionados a um segmento bem específico - e carente - que são os artistas que trabalham instrumentos de cordas clássicos, sejam estes o Violino, Viola, Cello ou Contrabaixo em projetos pessoais ou junto à bandas de rock, foi uma decisão de inícios da fundação do "...depois, quem sabe um cello, vinho & cigarros?"
Pois bem, desta vez me sinto na obrigação de quebrar um pouco esta regra informal, e postar algo a respeito do trabalho novo da "outrora-causa-perdida chamada Metallica"
Fazendo das palavras do pessoal do “A Tavarna do Bárbaro”, inicio o texto com as singelas colocações – corrigidas algumas grosseirias para ficar na sutileza.
“(...)É um caixão feito de limalha de ferro sobre um campo magnético? É uma vulva feita no Autocad por um estagiário?” NÃO, é o novo CD do Metallica, “Death Magnetic”.
Sou suspeito – no sentido negativo, óbvio! hahaha – de falar algo sobre Metallica, pois curiosamente, apesar de eu aceitar os mais variados rótulos em cima deles, não sou alguém que acompanha ou acompanhou o trabalho deles, isto é, salvo uma musica ou outra dos primeiros álbuns, realmente não me interessei muito. E, óbvio, esculhambei com os caras a partir do Black Álbum. Depois disso, nunca mais. Apenas ouvia algo se tocasse em alguma rádio ou coisa assim.
Pois bem, esta semana eu estava encantado com o vazamento do novo trabalho do Iced Earth, “The Crucible Of Man”, até porque vim esperando por ele desde o Framing Armageddon”, trabalho maravilhoso com o vocalista Ripper Owens. Imaginava que este, não seria tão bom, pois este vocal foi expulso da banda e chamaram de volta o anterior. Baita sacanagem. E porra, achei o CD maravilhoso!
Eis uma das razões de não ter me interessado tanto pelo Metallica novo. Estava na lista dos meus 10 próximos à uma audição superficial e só.
Em São Paulo, durante a semana, passei na casa de um amigo meu que me fez escutar o álbum...
E... Que grata surpresa!! Estou absurdamente impressionado, muito mesmo! O que eles fizeram alí, naquele álbum, é algo simplesmente magistral. Duas pérolas do melhor metal já ouvido nos últimos 5 anos ouso eu dizer, se encontram neste álbum: “All Nightmare Long” e “Suicide & Redemption”. Maravilhosas! Riffs avassaladores, gritantes, cortados, afiados como uma navalha e ao mesmo tempo bem serrilhados como um destrinchador de costelas deve ser. Palavras de Nilton Rodrigues, colaborador da Whiplash.net, “(...)Escute meu filho, escute. Um Riff que mais parece um helicóptero, com hélices que vão cortando todos os detratores pelo caminho.”
E os solos? LINDOS! Feeling foi a palavra de ordem na construção destes, neste álbum. Sinceramente este play não tem saído do meu Palm nos últimos 4 dias. Não mesmo. Não dá! A fúria cavalar – e bem trabalhada por sinal, o que faz ser uma fúria com sentido e não aleatória – tem me trazido um ânimo que não sentia à muito já, em termos do bom e velho Heavy Metal. Sabe-se lá como, mas os caras arregaçaram as mangas e ARREGAÇARAM neste “Death Magnetic”
O que me faz pensar realmente... O que raios estes caras estiveram fazendo nos últimos 4 ou 5 albuns?
Sustento minha teoria. O Metallica protagonizou anos atrás, uma violenta campanha contra MP3’s e programas de sharewhare como o Napster por exemplo. Se foderam; a violência de expansão de um meio tecnológico disseminador de informações não pode ser contida por meios geradores de informação. Enfim.
Lançaram o “S&M”, o Load, o Reload, e pronto. Trabalhos pífios sob o rótulo Heavy Metal, mas sem 1/10 da atitude, agressividade e violência que vemos em bandas da mesma vertente, ou para não fugir do assunto, dos primeiros álbuns da banda.
Pois bem. A cyber-batalha para controle de disseminação de MP3’s foi vergonhosamente perdida. Hoje, qualquer Zé-mané baixa até musicas foclóricas do Tadjiquistão.
Enfim.
Então – apenas especulando pois não tenho esses números – mas o mercado fonográfico sofreu uma reviravolta violenta nos últimos anos, com uma série de gravadoras revendo suas abordagens de mercado etc. E as vendagens, cada vez mais baixas pela livre disseminação da informação no mundo virtual. Resultado?
Uma banda de rock hoje, vende tanto quanto uma de pagode ou sertanejo – que sinceramente, eu acho o cúmulo.
Então, como enquadrar o Metallica nesse processo todo?
Acredito eu que eles não tinham mais nada a perder – novamente ressalto o meu “não-acesso” aos números – mas eles provavelmente, hoje em dia, lançando um trabalho mais “mainstream” como os Load’s e Reload’s, eles ficariam exatamente na mesma em termos de vendagens, “se” lançassem algo mais pesado novamente em uma espécie de retorno às raízes. Marketing. Aliada à uma coisa divertidíssima, que é tocar um bom e barulhento Heavy Metal. Creio nisso, foi marketing, mas desta vez, da maneira reversa. No sentido de que, lançando algo “light” ou “pesado”, eles não tinham o que perder de fato, apenas talvez o divertimento de se tocar musicas empolgantes.
Mas é uma teoria apenas. O Metallica continua sendo uma das chamadas “Bandas-Empresa” em que cada passo, é milimetricamente calculado. Não se enganem. Mas saibam também que, o mercado mudou.
E... Querendo - o Metallica, as gravadoras, ou outras empresas do setor- ou não; quem saiu ganhando?
Nós, verdadeiros apreciadores de boa música...
Para os fãns de uma boa Thrasheira à saudosos anos 80/90 “mas” com um ou outro elemento renovado...
Escutem... De preferência, no volume máximo, diversão garantida!
Eis o link para baixá-lo atravéz de um Mirror. Mas aproveitem pois os caras, embora o trabalho FANTÁSTICO, ainda continuam chatos e estão caçando estes links... Me avisem se estiver "off" já, pois com o maior prazer, uppo-o novamente.
2 comentários:
Caiu reposta aê!!!
oi!
eu gosto mais dos seus textos sobre cello ;)
bjus!
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