quarta-feira, 1 de julho de 2009

Violinos, Cello, Rock Pt. 22 - "Epica"



Epica – "The Classical Conspiracy"





Uma das coisas que são bem bacanas em se escrever um blog como este, é que temos quase por obrigação nos mantermos antenados para uma variedade bastante grande de bandas; mesmo aquelas as quais não somos realmente muito fãs.


Uma destas bandas das quais não sou um fã assumido, é justamente a banda Holandesa Epica. Sabe-se lá porquê, talvez seja pelo fato de eu estar um pouco saturado das bandas que praticam o dito “metal sinfônico”. Sinceramente, é sempre assim: Uma banda chega com um estilo mais ou menos inovador, e logo na seqüência, surgem cinqüenta mil clones. Afinal, vivemos em uma época em que se tornou facílimo uma banda de garagem de qualidade duvidosa colocar gravar um play e despejá-lo no mercado.


Pois bem. Epica. No geral posso dizer que não gosto do trabalho deles. Justamente por não terem colocado nada que possa ser considerado “novo” no mercado.


Então, foi com um pouco de receio quando resolvi me dar o trabalho de escutar e analisar mais a fundo seu “The Classical Conspiracy”; como no post anterior, também gravado no festival de ópera internacional de Miskolc, Hungria. E... gratíssima surpresa!!


De um momento para o outro, fui tomado de assalto por um trabalho que esbanja uma fina classe e incrível energia emocional.


A combinação de peças clássicas de Vivaldi, Verdi, Pergolesi, Dvořák e Prokofiev, alidas a compositores modernos de trilhas sonoras como Danny Elfman e Hans Zimmer se mostrou um acerto. A dinâmica das composições, praticamente todas iniciando apenas com a orquestra para uma entrada gradual da banda, elevaram músicas que já são de alto teor emotivo, para um patamar “além” do existente nas composições originais. E, justamente esta combinação que mencionei acima – a inclusão do Medley dos filmes “Piratas do Caribe”, “Homem Aranha” e a Marcha Imperial do “Guerra nas Estrelas” garantiu a manutenção da homogeneidade do set list quando executaram suas composições próprias. Praticamente não existe uma transição; o show inteiro se mostra impecavelmente coeso, brilhante! E igualmente intrigante. Vale um destaque para as releituras da orquestra e banda para “Montagues and Capulets” de Prokofiev e "In the Hall of the Mountain King" de Grieg. Maravilhosas!


A energia que se consegue captar da platéia surpreende, adicionando carisma a performance.


Quanto à vocalista...


O que posso dizer dela que não vá para a puxação de sardinha pura? Ela é mágica, divina!

A Simone Simons é vocalista Mezzo-Soprano, timbre intermediário ao Contralto e Soprano. E talvez justamente por ser algo anterior ao Soprano, não é tão cansativa quanto várias outras

vocalistas do gênero que usualmente cantam dentro do meio Heavy.


Sua voz é doce ao mesmo tempo que forte, jovem e fascinante; e que esbanja sensações de tentação e sensualidade puras. E claro, isto apenas quando não vemos uma foto da dita cuja. Porquê quando vemos a imagem dela... Bem, percebemos que as palavras acima simplesmente não fazem jus a figura dela. Ela é mais, muito mais...


Belíssimo trabalho, um dos melhores crossovers entre orquestra e heavy metal que já passaram pela minhas mãos!



Link:


















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2 comentários:

Cecil disse...

Esses homens... não podem ver uma vocalista bonitinha que já se derretem...:P rsrsrs

Dydimo do Prado Rezende disse...

Gostei do post Andreas, eu também não sou muito fã de "É Pica", mas aguçou minha curiosidade, o repertório de Vivaldi a Prokofiev parece muito rico.