Friederich August Kummer talhou seu nome no Cello, como um talentoso intérprete, professor e autor de inúmeras composições de ensino para o instrumento. Nascido em 5 de Agosto de 1797 em Meiningen, era filho de um Oboísta. Ainda era bastante novo quando seu pai foi convidado pela corte de Dresden.
Assim, quando Dotzauer começou sua carreira lá, em 1811, Kummer que tinha estudado Oboé sob influencia de seu pai, se tornou seu aprendiz.
Julgando por este método de Cello publicado originalmente em 1839; o objetivo principal para quem se propõe a aprender o instrumento – de acordo com Kummer – era conseguir produzir um tom cheio, poderoso, mas não frio. Ele sempre enfatizava a característica extremamente expressiva do instrumento como fica claro pelas suas próprias palavras; “(...) Por conta do maravilhoso som do Cello, a sua característica mais marcante definitivamente é a influencia da mente e do coração. Para a intensificação e modificação dos sons, que é a base para se tocar partes melódicas, nós devemos seguir o exemplo de um bom cantor. A performance deve ser simples e natural, e na medida do possível, evitar sobrecarregá-la com floreios. Muitas vezes, notas soltas e simples tocadas no Violoncelo tem um poder muito maior do que uma grande quantidade de passagens tecnicamente difíceis.”
O ponto de vista de Kummer tanto quanto Cellista e Intérprete, em se tratando dos objetivos da virtuose no instrumento, é bastante característico; como fica claro nesta passagem: - “O maior objetivo do virtuoso é a de que ele dar vida a um corpo que o compositor criou através do som. A força que serve a este objetivo está no próprio artista; isto é, o produto de seus sentimentos em seu máximo grau de pureza e nobreza apenas atingidos quando através de uma simplicidade natural, sem floreios.”
Embora reconhecesse-as como importantes ferramentas para a expressividade,
Kummer sempre alertou aos seus aprendizes quanto ao uso excessivo de técnicas de expressividade como o vibrato por exemplo.
Vale mencionar que o método de Kummer pode ser considerado de maor validade pratica do que o conhecido método de seu antigo mestre, Dotzauer. A própria divisão interna do método se vale de uma exposição sistemática bem como progressividade natural das técnicas e diretrizes por ele abordado.
Acho que a grande diferença entre os dois métodos no final, é que o panorama geral quanto à abordagem do instrumento no método Kummer embora muitas vezes similar ao Dotzauer, é de caráter muito mais natural, simples - embora o cotovelo baixo ainda seja bastante característico. Quanto a este ponto; o cotovelo baixo sempre foi uma característica da Escola Alemã de Cello até pelo menos a metade do século XIX, inclusive podendo ser visto varias vezes repetido no método de Sebastian Lee, publicado em 1845...
Vale mencionar que o método disponível aqui não está completo, são excertos dos exercícios do original. Mas mesmo assim é de uma relevância enorme para quem estuda o instrumento. Então, caso alguém tenha-o completo em PDF, me dê um toque por favor. Se não, escanearei o meu impresso e mais para frente postarei aqui.
2 comentários:
E aê, filhão! Tava sumido, hein? Se cuida and "don't let the problems bring you down"! o/
E aê Mouse!!
Pois ééé meu caro, o desânimo tinha imperado por um tempo, mas de volta as postagens... hehehe
abç meu caro!
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