Human Drama...
...Eis uma banda a qual sempre tive muita vontade de escrever algo e no entanto sempre tive bastante medo de fazê-lo por não acreditar que consiga chegar a um centésimo do que eles representaram para a música em si - em minha opinião, uma das melhores bandas que já performaram nos últimos vinte anos. Embora John Indovina – cantor, idealizador e líder do grupo (muito provavelmente a banda deva ser categorizada antes de mais nada como um projeto e não como banda em si) jamais tenha caracterizado-os assim, o Human Drama possui notórias características no rock gótico e no dark wave, notadamente influenciados por grandes nomes como Joy Division, Lou Reed, e David Bowie entre inúmeros outros. Basicamente são conhecidos (e reconhecidos) pela sua mistura perfeitamente balanceada entre suas composições acústicas em sua grande maioria, tristes e atmosféricas, estética gótica carregada, principalmente em seus contrastes sonoros na temática tristeza – redenção (em sensações). Dotado de um senso melódico como pouquíssimas vezes visto anteriormente – e posteriormente, é legal mencionar; a banda precisa de menos de apenas uma audição para que cative a qualquer um com bom gosto musical, devido ao seu charme, suavidade e coesão das composições.
Iniciaram suas atividades em 1980 com o nome de “The Models” em Nova Orleans, tendo adotado o nome de Human Drama após a sua mudança para Los Angeles, em 1985, aonde viriam se tornar bastante conhecidos no underground de uma das cenas musicais mais produtivas da época; orbitando ao redor do clube “Scream”, por onde já passaram o Guns ‘N Roses e Jane’s Addiction por exemplo.
Em 1992, lançaram no mercado o álbum conhecido por “The World Inside”, sem duvida um dos melhores álbuns de sua carreira e, ouso dizer, da história da música. Este álbum ilustra de uma maneira realista todos os pensamentos de Indovina, sem nenhum disfarce. O que vemos nele é algo puro, e talvez isso explique a aura mística que este álbum apresenta; criações perfeitamente harmonizadas entre voz, instrumentos clássicos a uma banda de rock, bem como a adição de um toque levemente clássico através do uso de Violinos, Cellos e uma flauta transversal.
Sinto que neste momento a adição dos elementos e instrumentação clássica, elevou a banda à um novo status, mudando radicalmente a sua forma e essência; tanto em termos de existência quanto performance. Ganharam um alcance emocional jamais visto anteriormente no rock, não da forma apresentada por eles. Isto fica claro em seu maravilhoso registro ao vivo lançado em 1998, “Human Drama Live - Fourteen Thousand Three Hundred Eighty Four Days Later”, principalmente em músicas como "I Bleed For You", "This Forgotten Love", "I Keep A Close Watch" ou então o cover “Heroin” de Lou Reed, que fecha a apresentação de maneira magistral. Algo no mínimo impressionante!
A Banda encontrou seu fim em 2005, quando finalmente, a qualidade de seus lançamentos - embora muito superior ao que ainda hoje é feito até hoje no mundo musical - corria o risco de se tornar redundante em termos criativos, optando assim Indovina, por seguir uma carreira solo em seu trabalho “Sound of the Blue Heart”.
Desta forma, Indovina evitou a triste morte criativa de uma banda; contribuindo assim, para a criação de um mito.
7 comentários:
"Isso, assim, bonito, agora: todo mundo finge que tá tocando e faz cara de mal, ISSO, PERFEITO, MAIS, MAIS!"
Frases de um fotógrafo.
HAHA! ah, vá vá Dri, ficou uma foto bonita..! :)
mas, feleo, presta atenção: já viu que todo mundo que vai tirar foto pra banda faz cara de mal? E fica aquela COISA.
Precisam renovar os conceitos de marketing musical.
e tenho dito.
Ai, vou pro tronco. esse mal aí tá todo errado. é MAU. que nem o MAU do Castelo Ra-tim-bum, que óbviamente não fazia parte da sua programação tvlista. (hahaha)
cretinagens, parte I.
Gostei.
Me deu viontade de ouvir!
Agora é buscar os CD´s..
valeu.
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