quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Violinos, Cello, Rock... Pt. 03 - "ASP" / (...e um pouco de psiconeurose pela abstinência da nicotina)


Ta, beleza, não sei bem o que vou fazer nas próximas semanas para não começar a postar feito louco aqui, visto que meus nervos estão à flor da pele neste momento. Explico, são 6:30 da manhã, e pouco mais de 24 horas que não fumo um cigarro. Meus parabéns à mim mesmo, 1 dia sem fumar! ...em compensação, já estou tendo surtos de agressividade extrema, quero sinceramente esmurrar alguma coisa – talvez à começar pelo modem dessa bagaça aqui. Melhor seria um operador da Net, “mas”... Nenhum a vista por hora.

Então para acalmar os ânimos, continuo aqui meus posts à respeito de bandas e projetos meio que únicos que tenho encontrado no incrível mundo dos cruzamentos musicais e seus produtos. A bola da vez é uma banda alemã de Industrial e Neo Gótico conhecida por ASP.

Sinceramente não sei bem definir o que estes caras fazem, por um lado alguma coisa nesles remete à Ramnstein, In Extremo ou bandas similares em suas melhores incursões eletrônicas. Esta talvez seja a pegada “Eletro” da banda.

Por outro lado, eles incluem também elementos da música erudita em outras composições como o uso do Cello, Viola e Piano, dando uma sonoridade e um clima bem trabalhado às composições, tirando assim um pouco da questão “mecânica” característica em algumas bandas de Industrial ou Eletro, isto é, mais eletrônicas. Músicas como “Duett (Das Minnelied Der Incubi)”, “Schmetterflug” ou “Das Erwachen” mostram sua “pegada” mais gótica, em belíssimas passagens utilizando hora o Cello, hora a Viola. Já outras composições como “Coming Home” e “De Profundis” já mostram a banda montando um som bem calcados em elementos eletrônicos. Agora, se quer exatamente a definição perfeita do que é ASP, recomendo fortemente a música “Réquiem”, um petardo de pouco mais de 25 minutos em que a banda transita entre o eletro gótico, industrial, heavy metal, neoclássico, coros de igreja e folk, com uma desenvoltura impressionante!

Mas, um aviso. NÃO é recomendado aos que não tem uma mente mais aberta e não estejam dispostos a aceitar a transição repentina entre o eletrônico, e corais de igreja com direito a uma passagem pelo heavy-folk por exemplo.

Não é tarefa fácil definir o que estes caras fazem, mas como um exemplo; apesar das nítidas diferenças existentes entre eles e outra banda que resenhei aqui alguns posts atrás, “Chamber – L’Orchestre de Chambre Noir”, eles de alguma forma, podem ser corelacionados (apesar de não fazer a mínima idéia no que). Digo isto pois, tanto ASP quanto Chamber, mantém relações bastante próximas, tendo inclusive já gravado diversos trabalhos simultâneos, inclusive um registro ao vivo em 4 (!!!) Cd’s, em edição limitada em 1.000 cópias. Belíssimo trabalho por sinal.

Este, definitivamente é um trabalho para poucos, e sei que os fãs mais xiitas do tradicional heavy metal ou do crossover entre heavy metal, gótico e neoclássico, deverão torcer o nariz para tal banda. Mas no final das contas, tenho achado tudo isto muito divertido, pois isto de certo modo garante que tais bandas não ganhem a grande mídia, e por isto mesmo, continuem originais em seus trabalhos, não se tornando “bandas-empresa” cujas músicas se tornam meros produtos vendáveis, pasteurizados para atender a grande massa...

ASP - "Me"

Vídeoclip...










ASP - "Requiembryo" Álbum...


















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Um comentário:

Drieli disse...

Algumas pessoas tem o dom de ver as coisas erradas, ou confundí-las. Eu tenho o dom de ler errado. Naquela parte do "(...) em outras composições como o uso do Cello, Viola e PANDEIRO"

Eu lí isso. Foi real.

Mas segui a leitura, quase no final dela resolvi voltar para garantir se o "pandeiro" ainda existia.
Não.
Havia um piano.