Dando continuidade à postagem do material utilizado na dissertação escrita pela Srta. Sheila Sampaio, disponibilizo aqui os 40 Estudos - Op. 73 - de David Popper.
Além dos estudos em si, gosto muito deste cara por conta de dois motivos “além” Cello: O primeiro, por esta fantástica foto – ou seria grafite? – dele, em que está com ares de cientista louco. E segundo, por ele ter nascido em Praga, na República Tcheca, cidade que tanto adoro.
Popper nasceu em 18 de Junho de 1846, e estudou no conservatório de Praga aonde foi aluno de Julius Goltermann, aonde logo chamaria atenção sobre si, saindo em tour em 1863 causando ótima impressão sobre os músicos Alemães da época. Sendo bem sucedido nesta empreitada, estendeu esta tour pela Suíça, Holanda e Inglaterra, aonde foi igualmente bem sucedido. Seu “debut” como Cellista solo se deu em Viena, Áustria; em 1867, tocando na casa de ópera (ou Hofoper).
Em 1873, ele abriu mão de seu cargo em Viena para poder seguir com sua esposa, em concertos ainda maiores por toda a Europa, parando apenas em 1886, com a indicação por Franz Liszt para que assumisse uma das cadeiras do recém aberto departamento de cordas do conservatório de música em Budapeste, Hungria.
Durante este período, ele participou do Quarteto de Cordas de Budapeste, tendo performado em mais de uma ocasião com Johannes Brahms, inclusive na premiére da célebre Op. 101 para piano e trio.
Muitas das composições para Cello se tornaram bastante famosas através de seu arco, sendo as mais conhecidas, Sarabande e Gavotte; além de inúmeras obras para quartetos de corda, suítes e concertos bem como os 40 estudos para Cello disponibilizados aqui.
É uma característica de quase toda a sua obra o forte sentimento imprimido por ele em suas composições, bem como a execução e notável acabamento.
Existe uma lenda que diz que Janos Starker costumava falar que Popper sempre tinha o péssimo hábito de acumular uma generosa conta em um restaurante local. Para que conseguisse pagá-la, Starker falava que Popper sempre ia para casa e compunha uma peça e em seguida a vendia, aonde utilizava o dinheiro do pagamento, para pagar tal conta.
Claro, se isto é fato ou não, já é outra estória...
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