O clima de compra para os instrumentos manufaturados por Stradivari’s e Guarneri’s tem se intensificado de forma dramática nos últimos anos; e a demanda é tão grande que, o desejo pela posse de um dos 800 instumentos catalogados existentes produz um desempenho de mercado mais forte do que todos as outras formas de investimento conhecidas; sejam estas ações, ouro, títulos públicos etc..
Eu fiquei surpreso quando pela primeira vez tive acesso ao gráfico a seguir.
A performance de valorização de tais instrumentos Italianos raros nos últimos 45 anos, se analisarmos comparativamente com os investimentos convencionais, apresentam uma porcentagem que chega a ser algo aparentemente fora do real – e, em minha opinião, beirando um pouco o nonsense; apenas uma opinião minha. Oras, vejamos:
A valorização de metais preciosos bem como do Índice Dow Jones ficou algo em torno de 1.800% para este període de 45 anos. Já, a valorização de violinos antigos para o mesmo período de 45 anos, ficou em torno de 19.400%.
Um dos fatores de supervalorização é a funcionalidade de tais instrumentos. Desde a sua manufatura a uns séculos atrás; a grande maioria deles continua na ativa sendo eles essenciais no desenvolvimento da carreira dos músicos de primeiro escalão, bem como solistas e líderes de orquestras.
Estes violinos, violas e cellos, são apreciados por milhões de amantes da musica erudita ao redor do mundo, seja em concertos ou durante sessões de gravação.
O foco geográfico de negócios e compras de tais instrumentos raros normalmente se dá em países da Europa; ou então na Rússia, Estados Unidos e Taiwan. Mas, espera-se que muitíssimo em breve, a China irá entrar também neste circuito dado o enorme potencial dos músicos que em breve entrarão em destaque, bem como a forte expansão econômica do país, que possibilitara uma parcela da sociedade, negociar tais instrumentos.
Uma vez que a China entre neste mercado, espera-se uma expansão violenta da valorização dos mesmos. Basicamente, temos um cenário bastante parecido ao que aconteceu cerca de trinta anos atrás, quando o Japão começou a comprar tais instrumentos, causando uma alta dramática nos preços por anos a fio. E, talvez inclusive, esta valorização seja maior ainda do que naquele período, justamente pela menor disponibilidade de tais instrumentos no mercado, já que os mesmos hoje se encontram dispersos pelo mundo afora.
A cada ano que passa, muitos violinos de virtuose são adquiridos por instituições que os manterão em suas coleções, por gerações. Some a isso também o fato de que alguns acabam por acidente ficando irreparavelmente avariados, ou, são roubados; e temos um item que se torna cada vez mais raro.
Apenas para termos uma idéia maior de valores, a Fundação Chi Mei cuja sede é em Taiwan anunciou em 2007, a intenção de compra no valor de US$ 500.000.000 em violinos raros até 2009. Já a Fundação de Musica do Japão que tem sido um dos mais ativos compradores nos últimos anos, sinaliza que manterá seu ritmo de aquisições para sua coleção.
E, é totalmente improvável que tais organizações, pensem em se desfazer de tais instrumentos em um futuro próximo.
Caso que ilustra bem a situação acima, são as pinturas clássicas Italianas. No início do século XX, muitas delas foram adquiridas por colecionadores públicos e privados, e assim acabaram saindo do mercado por períodos maiores do que 75 anos.. É o que se espera para os instrumentos antigos agora nos próximos cinco a dez anos.
A escassez, aliada a funcionalidade, fazem dos Instrumentos de virtuose Italianos, uma das mais rentáveis e inusitadas formas de investimento conhecidos...
... então, alguém quer comprar meu Cello Strad.? : )
1 - Viola Gasparo da Saló, Brescia, 1590, - "Adam"
2 - Violino A & H Amati, Cremona, 1617
3 - Cello Matteo Gofriller, Veneza, 1715
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